233. Mais Alto, Largo, Profundo, Longo

Mike Parsons
com Jeremy Westcott

Face a face

Desde o início fomos criados para ter um relacionamento íntimo com Deus. Jesus nos diz em Mateus 22:37-38 (NVI) “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento ” e em João 14:6 que a única maneira de chegarmos ao Pai é por meio dele.  O envolvimento face a face revela a realidade de quem Deus realmente é – Amor – e expõe as mentiras que podemos ter assimilado ao longo dos anos. Jesus é a expressão máxima desse Amor, então se não se parece com Jesus, então provavelmente não é Amor.

Deus quer que conheçamos a verdade de quem Ele é e quem somos como Seus filhos. É a tática do acusador nos fazer pensar erroneamente sobre Deus e sobre nós mesmos. Enquanto vemos Deus como tendo um lado sombrio, nunca confiaremos nele completamente. Sempre haverá um leve medo que contradiz o amor.

Física quântica 1.01

Por exemplo, de alguma forma chegamos a acreditar que Deus não pode olhar para o pecado e que Ele tem que virar o rosto. Se fosse verdade que Ele não pudesse olhar para o pecado, não estaríamos aqui! A física quântica 1.01 nos diz que se Ele parasse de nos observar, deixaríamos de existir.

Na cruz, quando Jesus citou as palavras iniciais do Salmo 22 (NVI): “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Ele estava chamando a atenção das pessoas para o conteúdo de todo o salmo e sua relevância para os eventos que se desenrolavam diante delas. Mas Ele já havia dito a seus discípulos:

Aproxima-se a hora, e já chegou, quando vocês serão espalhados cada um para a sua casa. Vocês me deixarão sozinho. Mas, eu não estou sozinho, pois meu Pai está comigo. (João 16:32 NVI).

Podemos ver claramente que a hora a que Ele se referia era a Sua crucificação. De acordo com Jesus, o Pai nunca virou o rosto Dele. Ele estava bem ali com Ele.

Justiça de Deus

Como poderíamos ter entendido errado? A resposta é, porque temos algo ainda mais fundamental errado também. Pensamos que na cruz Jesus estava tomando nosso castigo por nós, sofrendo a ira de um Deus vingativo em julgamento que deveria ter caído sobre nós. Estamos acostumados ao nosso sistema de justiça humana que exige justiça retributiva – retribuição – mas a verdade é que a justiça de Deus é sempre restauradora. Veremos todo esse assunto da expiação em detalhes em outro post, mas por enquanto vamos considerar o que era a cruz, se não o castigo.

O pecado

A palavra grega original para ‘pecado’ usada com mais frequência no Novo Testamento é ‘hamartia‘. É um substantivo (o pecado) e não um verbo (pecar). ‘O pecado’ é o pecado de Adão, escolhendo seguir o caminho DIY (faça você mesmo) da árvore do conhecimento do bem e do mal ao invés do caminho da árvore da vida. De Adão todos nós herdamos a morte espiritual (que é um relacionamento perdido com Deus e uma identidade pessoal perdida), então, como Adão, estamos vivendo em algo menos do que o desenho ou projeto original de Deus para nós, não reconhecendo nossa verdadeira identidade como uma pessoa feita em Sua imagem.

Assim, o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23 NVI), mas Deus tem uma solução pronta: pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados (1 Coríntios 15:22 NVI). ‘O pecado’ não precisa ser punido, como a religião nos faria acreditar, mas perdoado, corrigido, tratado e removido. Não podemos ganhar o perdão de Deus fazendo coisas ‘boas’ (essa é a árvore DIY novamente): o perdão é um presente de Deus para cada um de nós em Cristo.

A palavra da reconciliação

Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. (2 Co 5:19 NVI)

A palavra grega para ‘o mundo’ nesse versículo é ‘cosmos’: certamente inclui todo o planeta, e muito mais. Jesus veio para reconciliar e restaurar absolutamente tudo e todos em toda a criação de volta ao relacionamento com Deus. Isso é exatamente o que Ele realizou por meio de sua morte e ressurreição, e agora todos nós compartilhamos da vitória da cruz e da vida ressurreta. No relacionamento com Deus, todos nós temos uma identidade restaurada, sabendo que somos aceitos, perdoados, abençoados e feitos justos.

Já que agora temos o mesmo ministério de reconciliação que Jesus teve, escolhemos mostrar amor e misericórdia aos outros, assim como Ele mostrou amor e misericórdia a nós. Além disso, quanto mais nos envolvemos com o Deus real, mais alto, largo, profundo e longo, percebemos o que o amor e a misericórdia são.

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Artigo original em inglês: 233. Wider, Deeper, Longer, Higher

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Autor: Freedom ARC

Freedom Apostolic Resource Centre, Barnstaple, UK.

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